quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Plataformas vibratórias: modismo sem embasamento científico

Recentemente fui convidada a participar de uma entrevista sobre plataformas vibratórias. Obviamente já ouço falar destas plataformas há algum tempo. Apesar do intenso marketing para uso das mesmas, eu tinha a impressão de que seus benefícios não estavam cientificamente comprovados. Mas confesso que nunca tinha buscado esta informação até ter sido convidada para tal entrevista. Como sempre faço, lá fui eu consultar o PubMed ...e comprovei minha impressão!
Encontrei pouquíssimos artigos e a maioria deles foram realizados em animais. Nestes poucos estudos, sugere-se uma melhora da densidade mineral óssea no quadril de mulheres pós-menopausa submetidas ao treinamento com plataformas vibratórias. Apesar destes resultados, os marcadores bioquímicos que indicariam aumento na produção de células ósseas não se mostraram elevados e, por isso, tais resultados ainda são bastante controversos. Quanto ao prometido ganho de força muscular, nenhum estudo realizado até o momento comprova qualquer benefício. Entretanto, um estudo ainda em andamento (VIBES trial) poderá responder a esta pergunta com mais propriedade. Finalmente, em relação ao emagrecimento, não há estudos.
Concluindo: Não encontrei nenhum estudo sério que justifique trocar qualquer treino já com benefícios comprovados (mesmo que com um pouco mais de cansaço e suor...rs) pelo treino nas plataformas vibratórias. Ciência sempre pode mudar, até porque não tem estudo comprovando que não funcione (muito menos que faça mal...) mas benefícios também ainda não foram comprovados.

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