Hoje termina a Copa do Mundo. Teremos uma final sem o Brasil, com duas seleções que nunca ganharam o título de melhor do mundo. A primeira Copa no continente africano, com direito a uma bola chamada Jabulane e muitas zebras...
Recentemente internei um paciente infartado. Os sintomas começaram durante o 0 x 0 de Brasil e Portugal. Este episódio me fez lembrar de um artigo que escrevi na Copa passada, que apesar de passados quatro anos, continua muito atual. Existe comprovação científica de que partidas de futebol aumentam a incidência de eventos cardiovasculares como arritmias, infarto agudo do miocárdio e morte. Percebam que não estamos falando de quem pratica futebol, mas sim dos apaixonados torcedores. Não temos estatísticas brasileiras sobre o assunto, mas considerando que somos uma nação de aficcionados por futebol e que esta Copa ficou muito aquém de nossas expectativas, é possível que alguns brasileiros a mais, além do meu supra-citado paciente, tenham sido internados em consequência da emoção dos resultados brasileiros na África do Sul. Não existem testes específicos para identificar o risco da ocorrência de infarto ao assistirmos uma partida de futebol. De qualquer forma, a avaliação clínica e a realização de teste de estresse mental podem ajudar na identificação de indivíduos com maior risco, permitindo a prevenção de novos eventos.
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