quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Doutora, eu sei que sou "cardíaco", posso frequentar a piscina do clube?

Com a aproximação do verão, esta pergunta torna-se cada vez mais frequente nos consultórios de cardiologistas e médicos do esporte. Um estudo pequeno, mas randomizado, publicado no European Journal of Heart Failure avaliou o que acontece quando pacientes com insuficiência cardíaca compensada são imersos em água fria. Apesar de os pacientes terem tolerado bem a imersão passiva e a natação em água fria e morna, houve aumento da frequência de arritmias (extrassístoles) durante a imersão em água fria (22° C). Assim, mesmo em pacientes compensados, deve-se atentar para o maior risco do desenvolvimento de arritmias malignas quando pacientes com insuficiência cardíaca são expostos à imersão em água com temperaturas mais baixas. Obviamente, a temperatura da água não é o único fato a ser considerado antes de respondermos a pergunta que motivou este post. A avaliação individualizada do quadro clínico do paciente, bem como a descrição mais detalhada sobre o que significa, para o paciente, "frequentar a piscina do clube", são pontos decisivos para que possamos responder adequadamente à pergunta. De qualquer forma, em linhas gerais, se a água da tal piscina estiver muito fria,  já sabemos que existe maior risco de arritmias e, portanto, a resposta será negativa para pacientes com insuficiência cardíaca, mesmo que compensados.

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